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Fééééériass…

Posted in 1 on 24/08/2009 by Gabriela Paulin

Depois de quase dois meses em casa  a vida voltou a funcionar. Férias é assim, né, planejamos inúmeras coisas, saidas, bares, baladas, e no fim nem um terço disso se torna realidade, pelo menos comigo. Pra mim, férias é aquele período que eu me desligo de tudo, do cotidiano, da manhã, da hora certa pra dormir e acordar e dos trabalhos.

Por alguns dias, isso funciona muito bem. Eu acordo tarde, como na hora em que quero e a madrugada é quando as coisas realmente acontecem. Mas, depois de um tempo, tudo isso se torna tão comum, tão rotina, que as férias perdem aquele aspecto de férias e acordar tarde e não fazer nada se tornam praticamente uma obrigação. Sendo assim, por que é tão difícil me desfazer disso? Eu geralmente só apareço na faculdade uma semana depois que as aulas começaram, na maioria das vezes alegando que tenho que acostumar meu corpo com a rotina de acordar cedo e trabalhar tarde, mas quando, na verdade, não faço nada disso. Ano passado eu tive a desculpa da conjuntivite européia e esse ano a gripe suína, mas eu nem estava tão gripada assim.

Uma vez que volto com tudo, indo de moto pra faculdade, pegando o ônibus e jurando que nesse semestre vai ser tudo diferente e eu realmente vou me esforçar, não paro de pensar em quando vai ser o próximo feriado e quantos meses faltam para as férias novamente. E isso é completamente errado, porque vai chegar um dia em que os meses de julho, dezembro e janeiro serão exatamente iguais aos outros meses. Não existirá mais aquela coisa gostosa de saber que as férias estão chegando, quando as suas se resumem há duas semanas por ano. Isso só torna as pessoas mal acostumadas.

E por mais que a vida adulta esteja praticamente batendo na porta e entrando sem permissão, eu ainda me seguro no fio que resta de saber que em dezembro e janeiro eu estou de férias. É tão triste isso, que eu não sei como as pessoas deixaram acontecer. Como se livraram tão normalmente de um sentimento tão bom e peculiar que é o saber que está de férias no próximo mês? É igual ao dia das crianças, feriado esse que ainda não superei. É tão cruel você atingir uma certa idade e saber que não pode mais ganhar presente no dia 12 de outubro porque você não é mais criança, mesmo que as outras pessoas ainda a tratem como tal.

Quando você cresce, eu acho, férias se torna uma palavra que te remete a infância e te faz lembrar dos verões na praia, dos desenhos matinais e de poder brincar no quintal horas a fio sem ter que se preocupar com mais nada além de quem será o vencedor no esconde-esconde. É uma palavra infantil mesmo.

Domingo eu quero ver o Domingo passar…

Posted in 1 on 26/07/2009 by Gabriela Paulin

Eu tenho quase certeza de que domingo é o pior dia da semana.

Olha, quem gosta desse dia que me perdoe, mas nada nele é agradável. Primeiro você já acorda sabendo que o dia seguinte é segunda-feira e isso sozinho já contribui para meu mau humor dominical.

Depois, a programação da televisão é sofrível no domingo, não que não seja no resto da semana, mas acho que os grandes canais se unem para transformar o dia numa experiência televisiva péssima. Começando com a corrida na Globo, passando pelos programas de auditório da Record e do SBT, os filmes sem sentido da TV a Cabo e, por fim, o mais assustador de todos, o Fantástico e aquela música que a cada nota soada nos faz lembrar da chegada iminente da segunda.

A hora do almoço também não é agradável nesse dia. Pelo menos aqui em casa o almoço não sai antes das quatro da tarde e geralmente é aquela comida que você evita comer a semana inteira, mas que no domingo é inevitável, tipo arroz de forno ou alguma coisa com queijo no meio. A única vez que o almoço é agradável no domingo é quando eu vou pra casa da minha avó, naqueles infames almoços familiares, e ela prepara a comida mais deliciosa do mundo: macarrão, batata e carne assada. Ai, eu realmente gosto um pouco do domingo.

De qualquer jeito, o domingo é aquele dia em que eu passo horas e horas encarando o computador, como se este pudesse me dar uma resposta sobre o que fazer. Escuto músicas no you tube, vejo filmes no DVD e leio as revistas semanais que sempre forçam suas presenças aqui em casa, mas tudo isso dura tão pouco que quando eu olho para o relógio ainda são sete horas da noite e eu nem tenho um pingo de sono para poder acabar logo com isso e acordar na segunda-feira logo.

A hora do sono. Nossa como eu detesto ir dormir no domingo à noite. Todos os meus pesadelos fazem uma aparição especial nessa noite e, quando eu tenho que acordar particularmente cedo no dia seguinte, o sono só vem umas quatro horas da manha e eu passo literalmente a noite inteira rolando de um lado pro outro na minha cama. Não tem coisa que eu mais detesto.

Semana passada por exemplo. Eu fui na balada e cheguei em casa umas seis horas da manhã do domingo. Tive que acordar às nove e meia para trabalhar. Quando deu umas nove horas da noite, já estava desmaiada. Acordei às onze e meia achando que já era de madrugada, suada e com o coração acelerado. Tinha sonhado que vampiros bem desagradáveis decidiram que me matar seria muito divertido.

Desde que eu “cresci” e decidi que não deixaria mais acreditar nos meus pesadelos (ou seja, correr para a cama dos meus pais), eles passaram a acontecer raramente, e quando acontecem eles sempre envolvem ETs e cenários do filme “Guerra dos Mundos”. Porem, no domingo passado, eu acordei um pouco assustada e, para ajudar, a porta do armário da minha vizinha ficava fazendo aquele barulho fanho e arrepiante típico de filmes de terror, o que me deixou apavorada na verdade. Ai eu acabei indo dormir super tarde, vendo nada na televisão e odiando o fato de que teria que acordar cedo para ir na faculdade arrumar minha matricula.

No fim, o domingo realmente é o dia mais horrível da semana, pelo menos pra mim. Detesto o desamparo que ele provoca por causa do fim do fim de semana e a ansiedade que ele causa pelo começo da semana. Domingo sucks!

Vontade de fazer nada ao mesmo tempo em que quero fazer tudo

Posted in 1 with tags on 13/07/2009 by Gabriela Paulin

Detesto quando isso acontece. Parece que vou entrar em combustão, uma excitação que vai do umbigo para minha cabeça e explode a cada idéia descartada. Ler um livro – não; a nova Rolling Stones – também não; ver novela – blergh (se bem que a televisão está ligada nela); escrever – talvez, depende do que.

É isso, vontade de não sei o que. No momento estou tendo uma das crises quero sair daqui e morar em Paris. Não sei por que essa cidade é tão querida pra mim, talvez sejam as ruas, a elegâncias das pessoas, ou aquela torre bem no meio, acima de tudo. É incrível o poder daquilo, você pode avistá-la de qualquer lado da cidade e a noite ele explode em brilhos. A luz também pode ser um fator. Aquilo brilha a noite, de dia também, mas a noite brilha muito mais, chega a ser ofuscante de tão belo. Que saudades. Da comida, do cheiro, dos lugares. Paris nunca é demais. Você anda e anda e anda e tem sempre um lugar novo pra descobrir, uma coisa importante pra ver e uma história interessante pra escutar.

Mas, por enquanto, viver lá não passa de um sonho. Assim como tantos outros que eu tenho.

Voltando a vontade de não sei o que, pensei em escrever uma história, reencontrar a vida de Justine, que eu abandonei impiedosamente há uns dois anos atrás, ou acabar de vez com a vida de Eleanor Rigby e Anita Baker, elas estão suspensas há tanto tempo que chega a dar dó. Ou quem sabe, começar algo novo, dar um novo ar à minha depressão de contos tristes, talvez partir para o medo, não sei. Queria ser uma grande escritora de contas de terror, acho demais.

É por essas situações que eu queria tanto saber tocar um instrumento, guitarra ou piano, tanto faz, algo para cobrir as lacunas de tempo que vão sobrando ao longo do dia, não sei se meu irmão adoraria o barulho, mas pouco me importa. Queria realmente algo para cobrir o tempo mesmo.

Preciso guardar as compras do mercado, mas a preguiça é tanta. Esse é o problema quando você quer muito fazer alguma coisa, mas a única coisa que realmente precisa ser feita é muito chata. Provavelmente eu vou deixar as compras em cima da mesa até a última hora, quando o trabalho vai estar acumulado e minha mãe vai entrar marchando em casa, indo direto pra cozinha como ela costuma fazer e ver o trabalho não feito lá. Em seguida, vai começar uma discussão em que eu não faço absolutamente nada para a manutenção da casa e que vai terminar com eu me trancando no quarto até as onze da noite, quando termino o trabalho e desço para jantar.

Enfim, preciso, desesperadamente, de coisas interessantes para fazer!

Gabriela Paulin

Chuva de palavras…

Posted in 1 with tags on 12/07/2009 by Gabriela Paulin

Eu não costumo explicar títulos, porque na verdade sou péssima com títulos, mas esse aqui na verdade, expressa o que o texto é. Nada mais do que um monte de palavras jogadas no fundo branco da tela formando inúmeros pensamentos desconexos. Infelizmente, esse texto não foi escrito pra vocês (se é que existe alguém que lê isso aqui), mas para mim, como forma de liberar o que anda preso na minha cabeça. Boa Noite.

Muito bem, porque é tão difícil escrever. Mas eu digo escrever mesmo. Ficar horas sentado em frente ao computador ou, se você pertence à velha guarda, a máquina de escrever, somente digitando. Palavras grandes, pequenas, bonitas, feias, mas todas com algum significado especial, como se o que estivesse escrito ali fosse mudar completamente a historia de alguém.

Não digo o mundo. Algumas palavras não mudarão o mundo, mas se você conseguir mudar a vida de alguém já é um começo, não?

Eu, por exemplo, adoro o poder das palavras. É tão inebriante que chega a ser viciante o que poucas letras podem causar. Martin Luther King, por exemplo, mudou uma geração com o discurso sobre seu sonho, Paulo Coelho ferrou uma geração com palavras avoadas e superficiais de seus livros e John Lennon influenciou uma revolução inteira com sua música.

Às vezes eu queria ter esse poder. No momento, acho que a pessoa mais afetada pelo que minhas palavras dizem sou eu mesma. Tudo com um certo que de critica, obviamente. Tudo o que eu escrevo é minuciosamente relido e apagado ou modificado. Geralmente eu imprimo um texto inteiro só para fazer uma modificação física e voltar a arrumá-lo no computador. Toneladas de papéis já foram amassados e descartados ao longo da minha vida. Até meus diários (com pouca duração, devo acrescentar – não tenho a mínima paciência) têm que ser perfeitos.

Acho que é isso o que me atrapalha na verdade.

Essa coisa de estar sempre buscando a perfeição. Por que somos assim? O que há de tão perfeito em ser perfeito? No fim, a única pessoa que ficará completamente satisfeita com seu trabalho,  100% contente é você mesmo. Então aproveite o que está lá, digitado na hora, pensado descuidadamente. Pra mim, as coisas mais legais que já escrevi saíram de um momento total de descontração. Na maioria das vezes enquanto fumava um cigarro na porta da minha cozinha, observando o céu, enquanto minha cachorra me dava patadas, pedindo carinho.

Tem alguma coisa nisso de ficar totalmente relaxado em relação ao que se está fazendo que complementa a mente criativa.  Acho que é o fato de não sermos obrigados a pensar naquilo como uma coisa concreta e sim como uma coisa imaginada, feita para cobrir um certo espaço de tempo, mais ou menos como esse texto agora.

No momento estou esperando o aquecedor aquecer a água para eu poder tomar banho. Já passa da meia noite e eu precisava de alguma desculpa para pegar no sono. O banho pareceu a melhor escolha no momento. Mas agora já não adianta mais, porque mesmo que eu ainda não o tenha tomado, meu cérebro está fervilhando de idéias desde que comecei a digitar.

E eu realmente espero que isso não faça mais sentido para ninguém. Porque não adianta receber criticas – mesmo que estas sejam positivas – quando o que você coloca no papel saiu da sua cabeça sem nenhuma segurança, como uma criança que corre pelo parque num dia ensolarado de domingo, sem se importar com o que ou quem esteja em seu caminho.

Afinal, prefiro que minhas palavras sejam a criança no parque do que o pai no carro, preocupado com tudo e perdendo o que está a sua volta, pois para ter as palavras é preciso primeiro observar.

E como eu disse acima, o John Lennon foi responsável por uma revolução com sua música, pode não ter sido pela de vocês, mas pelo menos foi pela minha. Aqui, um vídeo de uma das minhas canções favoritas…Eleanor Rigby.

Gabriela Paulin

Um dia de Chuva

Posted in 1 on 11/07/2009 by Gabriela Paulin

Está chovendo lá fora. Acho que está chovendo desde às sete horas da manhã, quando meu despertador tocou me lembrando que ainda existia um mundo lá fora. De qualquer jeito não me deixei abalar, mesmo com um mundo inteiro lá fora, meus sonhos estavam mais interessantes (esses envolviam uma aranha gigante e um bebê mordido por ela, mas mesmo assim, interessante).

Levantei à uma da tarde. Adoro sábados chuvosos por isso, é como se eu não tivesse nenhuma obrigação, nada mais importante do que deitar na minha cama e passar o dia pescando a programação da televisão. Isso pode se alternar também entre ler alguma coisa, tipo uma revista ou um livro, comer alguma besteirinha e ouvir música enquanto escreve banalidades no computador.

Agora estou ouvindo MGMT, uma das minhas bandas favoritas no momento. Não tem como explicar quando uma banda se torna a sua favorita. Eu por exemplo, tenho inúmeras fases. Começa com uma música, depois vem o álbum e, por fim, o inevitável enjôo. Pouquíssimas bandas ultimante escaparam do enjôo. MGMT é uma delas. O enjôo não consiste na náusea em si, se bem que de vez em quando, geralmente numa noite de trabalho bem chata, quando a música já tocou cinco vezes, isso pode se transformar num sintoma.  O enjôo está mais na chatice das batidas da música, como se aquilo estivesse martelando na sua cabeça há mais ou menos um ano. È repetitivo, desgastante. Um horror.

Mas enfim, voltando a chuva, não tem dia mais perfeito, na minha opinião, como o de hoje. Acho saudável tirar um dia para fazer absolutamente nada. Eu não acredito que seja necessário sair todas as noites para fazer a vida valer a pena e, nesse feriado, eu queimei minha cota de saídas – e todas valeram à pena -, mas hoje, hoje realmente é aquele dia preguiçoso. Daqui a pouco vou fazer meu inevitável chocolate quente das tarde de julho, ligar a televisão e, pra finalizar, fumar um cigarro enquanto folheio o jornal.

À noite já tenho programa. O filme “A Culpa é do Fidel”, às 22h, no Cinemax. Sinceramente, não preciso de mais nada. Até o barulho da chuva fica gostoso, melhor seria uma lareira, mas nem tudo é possível. De qualquer jeito, o valor da lenha é supervalorizado nos dias de hoje.

Como falei em MGMT, acho que vou postar um vídeo deles.

Gabriela Paulin

Ônibus

Posted in 1 on 10/07/2009 by Gabriela Paulin

Ok, como a maioria das pessoas – eu acho – sou uma ávida usuária deste meio de transporte, feito para nos guiar com conforto e segurança (como se realmente ocorresse isso). Acho que faz mais ou menos uns seis anos que ando de ônibus, diariamente eu quero dizer. Tudo começou quando eu tinha quinze e estudava há mais de um quilômetro da minha casa.
No começo, andar de ônibus era uma aventura gostosa. Como era meio-dia, ele quase nunca estava cheio e eu sempre tinha a companhia de meu irmão e primas. Mas, quando a vida escolar acaba, e você passa a freqüentar o cursinho à noite, tendo que tomar o busão às cinco e meia da tarde, num dia útil, a coisa muda um pouco.
Lembro até hoje o primeiro dia no cursinho.
Nervosa e ansiosa como sou, sai de casa às cinco horas da tarde para dar tempo de chegar às quinze pra sete, que era a hora que começava a aula. Peguei o ônibus às cinco e meia e vibrei, porque ele estava fantasticamente vazio.
A alegria durou pouquíssimo, diga-se de passagem.
A cada ponto em que o ônibus parava, saiam dois e entravam dez. Aquele mar de pessoas ia tomando conta de cada perímetro vazio do ônibus e, ingenuamente, eu sentei bem longe da porta. O trânsito também não ajudou muito naquele dia. O corredor da Rebouças estava parado!
Eu sei que, chegou na Paulista, minha hora de descer, e eu não tinha como sair do meu lugar. Um engraçadinho até brincou, dizendo que eu estava esperando por um milagre, mas destruindo todos os julgamentos contra as loiras, eu tive a brilhante idéia de ir passando minha mochila até chegar perto de alguém que estava na porta e, sozinha (eu posso não ser magérrima, mas sou pequenininha) fui até a porta. Ufa! Consegui sair, mas a magnífica idéia de sair cedo para chagar cedo caiu por terra. Cheguei quase uma hora atrasada!
Esse foi só um dos milhares de problemas que eu já encontrei em minhas viagens de ônibus. Não posso esquecer os caras que se esfregam sem necessidade, das brigas com cobradores e da eterna luta para conseguir sentar. Sem falar, é claro, naquelas pessoas que acham que todo mundo tem o mesmo gosto musical deles e faz questão de colocar o mais podre dos funks no último volume no seu celular com auto-falante. Eu juro, qualquer dia desses eu vou comprar pilhas e pilhas de fones de ouvido e sair distribuindo para essas pessoas, quem sabe elas não criam consciência e param de poluir o ambiente com suas canções.
No entanto, o ônibus também me proporciona situações um tanto surreais, mas engraçadas. Como a velhinha virgem cujo neto não queria mais estudar e sim, virar político, porque era assim com nosso presidente. A psicóloga doida que trabalhava no Hospital das Clínicas e carregava sacolas de presentes pra entregar aos seus funcionários, gritando aos quatro ventos que precisava de ajuda para descer nas Clínicas.
Mas, o episódio mais engraçado ocorreu recentemente e era em um ônibus fretado. Minha sala da faculdade resolveu se reunir num sítio de uma colega nossa para comemorarmos o fim do semestre e a Festa Junina. Beleza, vamos todos!
Por volta das nove da noite, um monte de gente se encontrava em uma das ruas ao redor da faculdade, malas espalhadas pelo chão e muitos “caipiras no meio”. Todos conversavam, tiravam fotos e discutiam como seria a viagem, sabe, aquele clima de festa que toma conta da gente quando vamos viajar pra um lugar legal.
Ai, um ônibus fretado parou na nossa frente. Ele era lindo (até onde um a beleza é permitida no ônibus)! Dois andares, preto e branco, o vidro esfumaçado e brilhante. Tudo isso. Perguntamos para o organizador da festa se aquele era o nosso veiculo. Ele fez que sim e soltou um “acho né”. Felizes, começamos a bater palmas, o sorriso nos nossos rostos iluminava a rua e a felicidade nos olhos brilhava mais do que uma estrela.
Sob aplausos, a porta do ônibus se abriu e dela foi saindo pessoas, aquelas que trabalham em empresas fora da cidade e por isso utilizam o fretado para ir ao local de trabalho. Ainda batendo palmas, fomos parando um a um, o sorriso diminuindo na mesma velocidade em que os aplausos. Depois disso todos caíram na gargalhada sob os olhares assustados dos usuários de ônibus. A única coisa que pensei em dizer foi:
“A gente realmente gosta de ônibus”

Pra entrar no clima:

Gabriela Paulin